PHALAENOPSIS MINI MARK

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Carlos Keller <carlosgkeller@terra.com.br>
Data: 11 de outubro de 2010 03:48
Assunto: [Mundo Orquidófilo] PHALAENOPSIS MINI MARK
Para: MUNDO ORQUIDÓFILO <orquideas@yahoogrupos.com.br>

 

Phalaenopsis Mini Mark 'Maria Theresa' AM/AOS

Este mini Phalaenopsis não é tão mini assim se comparado com as nossas micro-orquídeas. A planta e as flores regulam em tamanho com uma Doritis e este é um Phalaenopsis de fácil cultivo. Há muitos anos que ando atrás deste híbrido por achá-lo um dos mais belos que conheço. Além de a flor ser muito fotogênica, o contraste do branco das pétalas e sépalas, com o laranja ocre do labelo é algo espetacular. As flores se abrem com o branco todo pintalgado de marrom vináceo, mas à medida que envelhecem e amadurecem, as pintas da sua parte superior vão mudando de cor e curiosamente, passam do marrom para o malva. Uma flor madura pode ser vista na última foto. Nela vocês poderão notar que a metade superior das sépalas inferiores, as pétalas e a sépala superior são brancas com pintas cor de malva. Nas demais fotos pode ser vista uma flor nova, com todas as pintas marrom. O labelo laranja ocre possui pintas vermelho escuras e uma espécie de faixa longitudinal e central amarela. O cultivo deste Phalaenopsis é similar aos demais Phalaenopsis híbridos. Eu os cultivo em vasos de plástico, de preferência transparentes para a luz chegar às raízes e como substrato uso casca de pínus em pedaços grandes. Tem que ser pedaços grandes para o ar chegar até o fundo do vaso e a água escorrer rápido. Para os mais delicados e este é o caso aqui, eu coloco uma fina camada de sphagnum no fundo para manter mais umidade nas raízes, mas continuo com os pedaços grandes de casca de pínus. Os Phalaenopsis espécie, aqueles com folhas moles e largas cor de alface, esses necessitam de muita umidade nas raízes, assim como os híbridos do Phalaenopsis gigantea. Para esses eu uso cachepot de madeira com sphagnum puro como substrato, mas não uso vaso de plástico, pois seria úmido demais e muito pouco arejado. Os primeiros se beneficiam muito de transplantes regulares, que podem ser anuais ou bianuais, já os que estão no sphagnum não devem ser transplantados com freqüência. Outra opção para orquidários muito úmidos é plantar todos os Phalaenopsis em placas de algo similar ao xaxim na vertical. Palitos ou placas de sphagnum como eu já ensinei a fazer aqui são uma opção. Os vasos de plástico, por uma questão estética e de padronização, eu os insiro dentro de cachepots de madeira e penduro em um local fresco e sombrio do orquidário. Este híbrido está sendo comercializado pela Florália, que o importou e ele é um cruzamento entre Phalaenopsis Micro Nova e Phalaenopsis philippinensis, o que o torna quase um híbrido primário. O Phalaenopsis Micro Nova é um cruzamento entre Phalaenopsis maculata e Phalaenopsis parishii. Ele tem, portanto, 50% de Phalaenopsis philippinensis (flores brancas grandes), 25% de Phalaenopsis maculata (o que traz ao híbrido as pintas) e 25 % de Phalaenopsis parishii (o que traz ao híbrido a forma da flor). O híbrido foi criado e registrado em 1992 pelo Orquidário Breckinridge da Carolina do Norte, USA. A quantidade de clones premiados desse híbrido é grande, inclusive tendo em 1997 um alto prêmio de cultivo (CCM/AOS de 87 pontos), com um exemplar apresentando 57 flores. A diferenciação entre os clones é pequena e existem alguns que são trilabelo e outros que possuem o início do trilabelismo, tendo esses as bordas das pétalas ligeiramente franjadas e ocráceas. Em minha opinião, o clone mais belo é este aqui, simples e charmoso. Carlos.

 

Carlos Keller
Rio de Janeiro, RJ
carlosgkeller@terra.com.br